Já está disponível no site da LABRE a mais nova edição, atualizada com dados de 2022, do estudo estatístico elaborado pelo colega Ricardo Benedito, PY2QB. Desde 2020, em sua primeira edição, temos publicado este excelente e inédito estudo que ajuda a lançar luz sobre a realidade brasileira no que se refere ao radioamadorismo.
Assim como os seus antecessores, o presente estudo toma como base os dados oficiais disponibilizados pela ANATEL no Portal Brasileiro de Dados Abertos e em sítios próprios. Para compor o estudo, estes diversos dados foram reunidos, filtrados, cruzados e estruturados por Ricardo, que tem experiência na área.
Dentre as conclusões, a mais óbvia é que o número de radioamadores aumentou no Brasil desde o ano passado. Quase 1000 novos colegas hoje estão modulando nas nossas faixas, perfazendo um crescimento da ordem de 2,2% e rompendo a marca de 40 mil radioamadores em julho de 2022.
O estado com maior número absoluto de radioamadores continua sendo São Paulo, com mais de 10 mil. Já o estado com maior densidade de radioamadores, também permaneceu o mesmo: Paraíba, que conta com mais de 45 radioamadores por 100 mil habitantes. Já em relação a cidades, São Paulo lidera com 2430 colegas paulistanos, seguido por Rio de Janeiro com (1521) e Fortaleza (1447).
O estudo também mostrou que a predominância da classe C frente ao número total de radioamadores continua, mas com leve diminuição: 70%. Em 2021, era 71%, o que mostra que muitos colegas fizeram a promoção de classe, embora esta distribuição esteja muito longe da ideal. Outro dado que mostra uma profunda desigualdade é a porcentagem de radioamadoras: apenas 6%, frente a 94% de operadores do sexo masculino. Em 2021, a porcentagem era de 7%.
Falando de estações, o estudo mostrou uma variação de 5%, passando de cerca de 60 mil em 2021 para mais de 63 mil em 2022, dentre estações móveis, fixas, repetidoras, beacons e terrenas. Destas, mais de 17 mil se encontram no estado de São Paulo. Novamente, o estado com maior número de estações frente a sua população é a Paraíba, com 66,4 estações para cada 100 mil habitantes.